Conhecido como um estilo de moda mais despojado, o streetwear é visto para além de peças de roupas. Ao longo dos anos se tornou um lifestyle e está presente nas áreas mais movimentadas de uma cidade.
Não importa a classe social, seja em áreas nobres, comunidades ou subúrbios, o streetwear revela a essência e a personalidade de quem o usa. Ele varia de lugar para lugar, ele não é o mesmo no Brasil, nem em Londres.
A partir do momento que surge uma expressão cultural, como uma novidade no mundo da música ou nos esportes urbanos, é garantia de que o streetwear também marcará sua presença.
De fato, ele consegue se adaptar aos comportamentos e movimentos urbanos por meio da moda e estilo.
Agora, vamos conhecer um pouco mais sobre esse estilo que conquistou o mundo? A seguir, saiba mais sobre o streetwear e como adequá-lo ao seu dia a dia.
Mas…como surgiu o streetwear?
Há diversas versões sobre a origem e ascensão do streetwear. Alguns dizem que surgiu na Califórnia junto aos skatistas e surfistas, já que eles optavam por peças mais folgadas visto que a prática de seus esportes exigia tal figurino.
Outros contam que o streetwear teve início na Grã-Bretanha na década de 50 quando as roupas começaram a ser usadas como forma de expressão.
Nessa época, as peças expiravam a arte, música e política do povo, e chamavam a atenção para seus grandes e escuros casacos agregados às calças jeans bem ajustadas.
Já a partir de 1980, a marca Stüssy surgiu como febre entre os jovens americanos que começaram a aderir ao estilo das ruas. A marca trazia também, camisetas que apresentavam estampas com desenhos personalizados.
O criador da marca, Shawn Stüssy, buscava sempre estar atento às expressões culturais da época, além de buscar referências dentro da Cultura Punk.
Com isso, agora tínhamos inúmeras tribos – heavy metal, hip hop, skatistas e surfistas – aderindo ao streetwear. Cada qual externalizando suas personalidades, adequando aos seus universos culturais e ideológicos.
Um exemplo prático: na cultura hip hop o estilo streetwear também representava seu posicionamento político. Os que aderiram, utilizavam moletons largos, sneakers, joias, recriando peças de luxo para o público dos guetos.
Desde esse tempo até os dias atuais, a moda de rua também passou a ganhar espaço dentro do universo dos esportes de prática urbana, como o skateboard e o basquete. Com o passar do tempo, as roupas ganharam diferentes cortes, as peças ficaram mais largas, sempre trazendo a ideia padrão de conforto e leveza ao estilo.
Agora que você já conhece um pouco sobre a história do streetwear, vamos vê-lo um pouco mais na prática, certo? A propósito, ele nunca está fora de moda.
Quais peças fazem parte do estilo streetwear?
Que o streetwear é representado por peças mais largas, não tão justas ao corpo, isso já sabemos, o que se soma a esse estilo também e vai além de roupas mais soltas, são as características esportivas que o estilo também pode trazer, paletas de cores combinantes e por alguma vezes estampas marcantes.
Nos pés, o estilo também tem seu espaço garantido, uma das peças coringas do streetwear é o tênis, podendo ser considerado um elemento chave do estilo.
Além disso, temos os famosos bonés. Engana-se quem pensa que esse acessório tem espaço apenas entre o público masculino. Há diversos modelos também para as mulheres sendo visto como uma peça versátil para combinar looks.
Outras peças importantes que compõem o look streetwear são os casacos, jaquetas e moletons. Ainda que não seja inverno, os moletons podem ser encaixados e combinados com outras peças como bermudas e calças joggers.
Já para as mulheres, um casaco de moletom, junto com shorts e tênis são harmonizações perfeitas para o estilo.
Ainda temos as fivelas, bordados e zíperes, que quando aliados às calças e camisetas oversized, formam um look marcante e charmoso.
Por fim, o streetwear abrange uma série de símbolos. Por tanto, é possível combinar distintas peças e adequar ao seu dia a dia e personalidade.
Veja 4 melhores marcas streetwear importadas e nacionais
Visto que o streetwear cresceu e acabou firmando sua identidade nas passarelas e nas ruas, a cada dia surgem marcas nacionais e importadas que decidem focar nesse estilo e outras que optam por compor suas vitrines com essas peças, atraindo o público fã dessa moda.
Saiba agora quais as 4 melhores marcas, tanto brasileiras quanto internacionais, que construíram suas identidades e ganharam a fidelidade do público do streetwear.
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Supreme
A Supreme foi lançada em Nova York, em 1994. Hoje, é considerada uma das marcas mais famosas do streetwear.
James Jebbia é o responsável pela criação da marca. Aliás, uma curiosidade: James colaborou três anos com Shawn Stussy, logo mais falaremos dele, que foi um dos pioneiros no mundo do streetwear.
Não são apenas os preços que tornam a Supreme uma “marca cara”. Na verdade, o que a torna gigante é a capacidade de criar coleções exclusivas. Ou seja, suas peças são fabricadas em baixa quantidade, o que a torna praticamente única.
Seu estoque é composto por camisetas, jaquetas, moletons, calças, bermudas, acessórios e peças de skate como, trucks, shapes e rolamentos.
Além disso, a Supreme aumentou seu cenário realizando colabs com marcas famosas e artistas. Quem nunca viu alguém vestindo aquela camisa de cor única com o logo vermelho escrito SUPREME?
Essa é uma das formas que a marca vem conquistando seu público!
Stüssy
Considerada uma das marcas mais antigas no mundo do streetwear, a Stüssy foi criada na década de 80 em uma parceria de Shawn Stüssy e Frank Sinatra Jr.
A inspiração da Stüssy veio dos surfistas e dos adeptos do hip hop. Porém, o estímulo não se deu apenas porque o criador admirava esses universos, mas principalmente pelo fato de que Shawn, antes de adentrar ao mundo da moda, começou criando pranchas de surf.
No entanto, a Stüssy não estagnou entre surfistas. Logo depois, passou também a usar elementos do reggae, punk, rap e, inclusive, do new wave em suas peças.
Assim como a Supreme, a Stüssy também investe em peças como sneakers, jaquetas, bonés, moletons e acessórios. Uma das parcerias significativas da Stüssy foi realizada com a Nike, a partir do ano 2000.
Korova
Criada no início de 2004, a Korova deu início a estrada da moda de rua com criações de camisetas estampadas com filmes, séries e músicas. A marca surgiu em Florianópolis e foi pioneira no e-commerce brasileiro tornando-se uma das principais referências do streetwear no país.
A Korova busca conservar a identidade nacional, mas sempre se mantendo atualizada sobre as tendências ao redor do mundo. Um ponto importante: segundo a própria empresa, eles caminham junto com o público recebendo informações das trends em tempo real.
Além disso, eles são radicais quando se trata de exclusividade. Caso um cliente deseje uma peça que não está disponível no catálogo ou ainda não foi criada, a Korova abre espaço para que o próprio consumidor desenvolva sua estampa utilizando uma ferramenta da marca denominada Kustom.
Class
Ainda pode ser considerada uma marca recente, já que surgiu em 2014, porém com uma relevante presença no mundo do streetwear no mercado nacional.
Desde sua origem, a Class preza pela durabilidade e boa modelagem de seus produtos, visto que as peças precisavam atender as necessidades dos skatistas. Sua excelência é vista nos detalhes. A marca busca se diferenciar nas suas costuras e nos materiais de forma impecável.
Aqui também vai uma curiosidade sobre a Class: nem tudo que ela cria terá seu significado externado. Isso porque a marca aprecia instigar a imaginação do público para que eles interpretem a seu modo.
O processo de criação das peças flui do dia a dia dos próprios criadores, que encontram inspirações por meio das músicas que ouvem, paisagens que observam e principalmente as ruas e elementos específicos da arte e vida urbana.
Para Luis Gioia, executivo de moda e criador de coleções há mais de x anos, “o streetwear é mais que uma moda e não se resume às combinações de looks. O estilo arquiva histórias, retrata personalidades, expressões e ideologias e só se renova com o passar do tempo.”
O streetwear revela um estilo de vida que simplesmente é refletido nas peças de roupas usadas por diferentes tribos. Por isso, estudar sobre a moda das ruas é se abrir para o conceito do “ser” bem mais que “ter”.
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Até mais!
